domingo, 29 de maio de 2011

Paranomásia



O vento é o motor do barco à vela
A vela acesa é uma luz na escuridão
A escuridão apagada vira dia
O dia com a noite faz o tempo

O tempo correndo faz o relógio andar
O relógio parado não faz o tempo parar
Paradas não ficam as palavras
As palavras podem curar
Ou ferir como ferrão de arraia

Só as Arrais voam no mar
O mar é o espelho do céu
Um céu azul eu pintei no papel
Papel que um dia foi árvore
Árvore que cresceu no verão e no inverno

Árvore que virou um caderno
Caderno com rimas escritas
Rimas que somadas são poesias
Poesias que escrevi em papel num momento
E no outro, as joguei de volta ao vento 


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